Sobre o LIC – Laboratório Internacional de Crioulo
Idealizado por Diego Araúja em 2018, o LIC é um mapeamento de artistas periféricos que estejam interessados em criar uma linguagem crioula a partir de um pensamento decolonial. Realizado por meio de uma plataforma digital de mapeamento performático, os artistas inscritos estarão envolvidos em um processo de longo prazo para criação de um grupo atlântico-internacional, mesclando a técnica e a performance de cada um com o intuito de desenvolver essa nova língua crioula não nascida do trauma.
Diego Araúja é natural de Salvador-BA (Brasil) e é um dos artistas que compõem a 3ª edição de Frestas – Trienal de Artes: O rio é uma serpente. Produz arte de modo expandido desde 2011. Suas mídias são literárias, visual-espaciais, cênico-performáticas e cinematográficas, nas funções de diretor, dramaturgo, roteirista, cenógrafo e artista visual. Desde 2015, dirige o processo “Estética Para um Não-Tempo”, com o objetivo de instaurar tempos qualitativos para a produção de memórias afro-diaspóricas emancipadas do trauma. Neste processo, experimenta a criação de oríkì’s (literatura oral de origem yorùbá), o que gerou a obra QUASEILHAS (2018). Como próxima etapa deste processo, Araúja busca fundar o Laboratório Internacional de Crioulo (LIC).
Em 2017, fundou com a artista Laís Machado, a Plataforma ÀRÀKÁ. Em 2018, concebeu uma performance coreográfica para a videoinstalação A Marvellous Entanglement, do artista britânico Isaac Julien. No mesmo ano, fez residência artística na Atlantic Center For The Arts (Flórida-EUA), onde criou a videoinstalação “Oríkì das Araújas”, experimentando vibrações sonoras sintéticas nos oríkì’s. Em 2020, faz residência artística na SAVVY Contemporary (Berlin-GER). Araúja também é um dos diretores artísticos do projeto de intercâmbio e arte-educação entre jovens negro-periféricos de Salvador (BA-Brasil) e Cartagena (Colômbia), com artistas de Moçambique e Alemanha. Projeto coordenado pela Universidade de Bayreuth (GER).
